12/06/2013

RESENHA: Roça'n Roll 2013

Nos dias 30 e 31 de Maio e 1º de Junho ocorreu a 15ª edição do Festival Roça N’ Roll na cidade de Varginha/MG. A cada ano que passa, o festival ganha mais força no cenário nacional, atraindo Bangers do Brasil inteiro em uma mistura que envolve interior, natureza e um som de qualidade!

O evento se iniciou na quinta-feira, no Plug Rock clube. Apesar do frio, os bangers que compareceram demonstravam extrema disposição para aproveitar o feriadão rock and roll todos os dias. O evento foi aberto pela banda Silent Hall, que buscou contagiar os presentes com um bom Heavy metal, alternando entre composições próprias e bons covers. Em seguida, subiu ao palco a banda Santo Graau Bêbados S/A que, infelizmente, não manteve o mesmo ritmo da anterior.


Na sexta feira, o Roça N’ Roll ocorreu na Fazenda Estrela e as apresentações rolaram na tenda combate – o menor dos três palcos do evento. Inicialmente, deu pra perceber que, ao contrário do primeiro dia do evento, o som estava muito melhor, o que valorizou ainda mais a apresentação das bandas! E rolaram ótimos shows!

 A noite foi iniciada com a banda Jardim do Sapo, que apresentou um interessante tributo a Raul Seixas, muito bem executado, animando os primeiros bangers que chegavam ao evento. Em seguida subiu o sexteto Folk Metal Hagbard, apresentando ótimas musicas autorais e brindando, ainda os presentes, com alguns covers, com destaque para “Vodka” do Korpiklaani.

Após este excelente show, foi a vez da a banda Cartoon, que apresentou músicas que variam desde temáticas simples até questões mais complexas, como a espiritualidade, soando um rock ao mesmo tempo clássico e aberto a influencias do blues, folk e progressivo. A banda Deadliness deu sequencia ao evento. 

Cabe falar, curiosamente, que o guitarrista e o baixista são filhos do frontman. Na noite, o Deadliness mostrou a verdadeira força do Thrash Metal nacional, com notas muito bem tocadas, destacando-se as musicas Overdose, Guerreiros do Metal (autorais) e agraciando os presentes, no encerramento do show, com a música Seek & Destroy do Metallica, levando a galera ao delírio.

A noite do segundo dia, no entanto, foi da banda Baranga, de São Paulo. Mesmo já entrando na alta madrugada, os paulistanos conseguiram agitar muito os bangers com seus riffs e letras simples, sobre cerveja, mulheres e rock and roll, sem frescuras e extemamente contagiante. O ponto alto do show foram as músicas Meu Mal, Pirata do Tietê e Maverick.

Mas o grande dia do evento aconteceu no sábado, dia 01 de Junho. Nem todos os shows pudemos acompanhar, já que a programação do dia era extensa e alguns shows rolaram alternadamente entre um dos palcos principais e a tenda combate. Mesmo assim, o que não faltou foi diversão nas horas que passamos dentro do Roça N Roll no sabadão.

Um dos primeiros destaques do último dia do evento foi a banda Drowned, que trouxe um Death/Thrash metal agressivo, perceptível na faixa título Belligerent do novo álbum, e que rendeu uma avalanche de moshes, liberados pelo vocal de Fernando Lima. Também animaram o público os músicos Cracker Blues com musicas irreverentes e inusitadas, bem como as bandas Nervochaos, dona de um Death Metal simplesmente Brutal, Devon, que apresentou várias músicas do seu primeiro álbum chamado Unreal, e Motosserra Rock Clube, que, inclusive, gravou o hino do Roça N’ Roll da 15ª edição.

A primeira atração internacional de grande destaque, responsável por prender a atenção dos rockeiros presentes no evento, foi o Orphaned Land, de Israel. E não é para menos, afinal os músicos têm uma proposta de, ao mesmo tempo em que apresentam um rock de qualidade, mostrar para os ouvintes elementos musicais de sua Terra Natal, o que pode ser percebido nas músicas Sapari (que contou com uma dançarina no palco durante a sua execução) e Norra el Norra.

Mas o destaque da noite ficou por conta dos alemães do Grave Digger, que deixou o evento em êxtase já com a execução de “Clash of The Gods”. Com o público nas mãos e em perfeita sintonia, fomos presenteados com “Death Angel” e “Hammer of The Scots”. Um dos diversos clímax do concerto, sem sombra de dúvidas, foi a música Excalibur, de 1999. Além desta obra prima, vimos o público cantar alto “Rebellion”, demonstrando uma receptividade impressionante. “The Dark of The Sun” e “Home At Last” foram outras músicas também presentes no repertório apresentado na noite e que tiveram grande prestígio no público. O encerramento rolou com “Heavy Metal Breakdown” – uma verdadeira aula de Heavy Metal, que levou a loucura os bangers.

Ainda tivemos na noite outros shows interessantes, como Tuatha de Danann (que se reuniu especialmente para o Roça N’Roll e contou com a participação especial do ex-vocalista do Skylaclad, Martin Walkyier) e Metalmorphose. A banda paulistana Attomica encerrou o evento, destilando seu vigoroso thrash metal para uma grande quantidade de pessoas que permaneceram na Fazenda Estrela para acompanhá-los e que, com certeza, saíram satisfeitos com a belíssima apresentação da banda.

Para os diversos rockeiros do país, o festival é uma grande oportunidade para se tomar contato com diversas produções nacionais de altíssima qualidade, mas que, em muitas das vezes, acabam passando desapercebidas frente a competição desigual com as bandas internacionais. Além disso, a realização na zona rural e o convite ao frio para os amantes do inverno, bem como a charmosa e receptiva cidade de Varginha/MG, são alguns dos diversos atrativos do evento. Certamente, vale a pena conferir!
 Diogo Nogueira Maciel



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